Muita gente me pergunta sobre como o ensino por competências funciona na prática aqui no Inteli. A verdade é que essa jornada teve muita pesquisa, muitas xícaras de cafés e muita gente boa sonhando em criar um modelo de ensino comprometido em estimular a sinergia entre conhecimento, habilidades, atitudes e valores. Tudo combinado para que os nossos alunos pudessem aprender as ferramentas necessárias para resolver problemas complexos de tecnologia.
Vale lembrar que não inventamos a roda. O conceito de ensino por competências no processo de ensino-aprendizagem existe há mais de sessenta anos, mas foi a partir de 1990 que o modelo começou a ser promovido.
Um dos marcos mais importantes foi o relatório da Comissão Internacional de Educação para o Século XXI da UNESCO, que definiu em 1996 os quatro pilares norteadores do ensino: 1) Aprender a conhecer; 2) Aprender a fazer; 3) Aprender a viver junto; e 4) Aprender a ser.
Quem opta pelo ensino por competências tem uma grande ambição: desenvolver a habilidade de aplicar o conhecimento em contextos práticos, além de aprimorar e o fortalecer soft skills. Outra grande vantagem é a abordagem personalizada que promove um ensino mais equitativo, ao invés de seguir um currículo padronizado que ignora as diversas maneiras de aprender.
A jornada até chegar ao currículo do Inteli
Tudo começou com o mapeamento das competências e habilidades esperadas dos egressos de cada um dos nossos cursos nas Diretrizes Curriculares do Ministério da Educação – MEC. Depois foi um grande quebra-cabeça para ligar cada uma das competências e habilidades ao conteúdo específico exigido. O objetivo era transformar esse processo em experiências verdadeiramente significativas de aprendizagem.
Por exemplo, lá no documento do DCN para os cursos de Computação, uma das habilidades esperadas de um recém-formado é “identificar problemas que tenham solução algorítmica”. Em uma universidade com um currículo tradicional de disciplinas, os alunos estudam teorias, fazem prova e exercícios, e lá no final, espera-se que eles desenvolvam a habilidade e apliquem no mercado de trabalho.
A gente sabe que esse método pode não ser muito efetivo, principalmente nos cursos de Computação. Como o aprendizado acontece de forma compartimentalizada, os conceitos acabam não se conectando à prática. As coisas só começam a fazer sentido quando o jovem já está no mercado de trabalho, o que gera o enorme gap que existe entre o que as empresas esperam de um profissional e o que as universidades estão formando.
Para mudar essa história, escolhemos a metodologia de aprendizado baseado em projetos (PBL) e decidimos integrar as competências de computação, negócios e liderança no currículo.
Isso porque, ao desenvolver um projeto na área de Computação, nossos alunos precisam compreender o contexto de negócio, trabalhar em equipe, negociar, gerenciar conflitos e fazer entregas para os parceiros. Essa abordagem integrada é fundamental, pois no mercado de trabalho os desafios não são fragmentados. Tudo acontece simultaneamente.
Sim, dá muito trabalho!
A integração de competências não é algo simples de ser implementado. Requer um esforço conjunto de toda a equipe acadêmica. No Inteli, essa integração já faz parte do nosso DNA. Desde o momento em que um novo professor chega, ele é orientado sobre a importância dessa abordagem. Na prática, isso demanda mais trabalho, mas estamos comprometidos em oferecer uma educação diferenciada aos nossos alunos.
Ao integrar competências de computação, liderança e negócios, garantimos que nossos alunos não apenas dominem as tecnologias mais recentes, mas também desenvolvam habilidades de comunicação, resolução de problemas, trabalho em equipe, negociação e gestão de conflitos. Tudo isso dentro de um contexto prático de projetos reais, onde os alunos têm a oportunidade de aplicar seus conhecimentos de forma significativa.
Nosso objetivo é formar profissionais completos, capazes de enfrentar os desafios do século 21 com criatividade, inovação e resiliência. Estamos orgulhosos de fazer parte dessa jornada de transformação e esperamos continuar inspirando e capacitando os líderes do amanhã.