O que empresas como X, T-Mobile, Paypal, Duolingo e Microsoft têm em comum? Todas foram vítimas de ataques cibernéticos em 2023, ano em que 1 em cada 10 organizações no mundo foi alvo de tentativas de ataques de ransomware, um aumento de 33% em relação ao ano anterior, de acordo com a pesquisa da Check Point.
A sofisticação e o volume de ofensivas digitais colocam o Brasil em um alerta vermelho. O país é o segundo mais vulnerável a ataques de hackers, segundo a Trend Micro, empresa de soluções em cibersegurança. Atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil teve bilhões de ameaças bloqueadas no primeiro semestre de 2023.
Neste cenário, entrevistamos os professores do Inteli, Rodolfo Goya e Victor Hayashi, para compreender melhor os desafios e as estratégias necessárias para fortalecer a cibersegurança nas organizações.
Cibersegurança deve ser uma prioridade estratégica
À medida que a transformação digital avança, impactando empresas de todos os portes e setores, a importância de se adaptar a esse novo cenário torna-se evidente. A digitalização e automação dos processos não apenas elevam a eficiência operacional, garantindo maior competitividade, mas também expõem as organizações a novos riscos, como fraudes e ataques cibernéticos.
É fundamental que, nesse processo de transição, a proteção de dados e sistemas seja priorizada. A adoção de práticas robustas de cibersegurança deve ser vista como um componente estratégico, assegurando que a inovação tecnológica seja acompanhada pela segurança necessária para mitigar os riscos associados ao ambiente digital.
Desafios em cibersegurança
O Relatório Global de Ameaças 2024 da CrowdStrike destaca um cenário de cibersegurança em 2023 marcado por ataques sofisticados e diversificados. Ransomware e extorsão de dados foram métodos predominantes, com um aumento significativo no número de vítimas listadas em sites dedicados a vazamentos.
A pesquisa mostra a crescente preocupação com ataques que exploram cadeias de suprimentos e relações de terceiros, além do abuso de produtos no fim da vida útil (EOL) para evitar detecção. A exploração de vulnerabilidades em dispositivos periféricos da rede foi uma tática comum, refletindo uma mudança nas técnicas de ataque para evitar detecção por ferramentas de segurança tradicionais.
Rodolfo reforça que as empresas precisam estar atentas aos desafios e adotar abordagens proativas e em camadas para proteger seus ativos digitais e mitigar os riscos de segurança cibernética. “É fundamental ainda desenvolver cultura corporativa de segurança e manter a atualização tecnológica do corpo técnico”, complementa.
Caminhos para o Futuro
As estratégias de defesa passam pela adoção de tecnologias emergentes. Victor reforça o papel crucial da inteligência artificial e do aprendizado de máquina, que “transformam a cibersegurança, permitindo respostas mais rápidas e precisas às ameaças”.
A segurança em cloud/edge computing e IoT, e a necessidade premente de criptografia segura ante o avanço da computação quântica representam fronteiras essenciais na proteção de dados.
Outro ponto importante é a criação de uma cultura de segurança que deve começar com a conscientização dos colaboradores sobre os riscos e a adoção de práticas. “Líderes devem ser os principais promotores dessa cultura, incentivando uma abordagem de segurança integrada e uma comunicação aberta sobre incidentes”, reforça Rodolfo.
Dicas para pequenas empresas
Pequenas e médias empresas que estão começando a investir em cibersegurança precisam reavaliar periodicamente a priorização de medidas para controle do nível de segurança da empresa. “A tendência natural é deixar a segurança cibernética de lado, em um segundo plano em relação às iniciativas de negócios e até considerar a cibersegurança apenas como custo, o que é um grande erro para empresas de qualquer porte”, alerta Victor.
Outro ponto importante é estabelecer políticas de segurança claras e abrangentes para orientar o comportamento dos funcionários e definir as práticas de segurança da empresa. “Isso pode incluir políticas sobre uso aceitável da Internet, acesso a sistemas e dispositivos móveis, entre outros”, explica Rodolfo.
Formando Líderes em Cibersegurança
Para enfrentar os desafios em constante evolução da cibersegurança, é crucial dominar uma variedade de conhecimentos, desde tecnologia aplicada até conscientização sobre a adoção de práticas seguras. “O Inteli está na vanguarda desse cenário, oferecendo uma abordagem de ensino centrada em Tecnologia e Liderança, capacitando os alunos a liderar com confiança as complexas tarefas necessárias para garantir uma cibersegurança eficaz”, destaca o professor Rodolfo.
Com uma formação curricular abrangente, que integra conteúdos específicos sobre segurança desde a graduação, e o desenvolvimento de um programa de pós-graduação em cibersegurança em andamento, o Inteli segue comprometido em fornecer aos nossos alunos as habilidades e o conhecimento necessário para se destacarem neste campo crucial e em constante evolução.