A trajetória profissional da Diretora Acadêmica do Inteli

No mês em que celebramos as conquistas sociais, políticas e culturais das mulheres, temos muito orgulho em destacar a história de uma das profissionais responsáveis por fazer o projeto do Inteli sair do papel. 

Com vocês, Flavia Santoro. 

Do mercado para a academia

Flavia Santoro
Diretora Acadêmica do Inteli
Flavia Santoro

Há 35 anos, Flavia iniciou a sua jornada no fantástico mundo da computação. Decidida a trabalhar desde cedo, cursou o técnico de Eletrônica do CEFET/RJ, e em seguida Engenharia Eletrônica, na UFRJ – em uma turma de 50 homens e apenas duas mulheres. “Eu nunca me intimidei, mesmo quando alguns professores diziam que ali não era lugar de menina. Continuei a estudar muito e a buscar o meu espaço”, relembra. 

Logo após a faculdade, Flavia colocou a mão na massa e trabalhou em um momento histórico para o país, na COBRA Computadores. “Naquela época, a política protecionista da Lei 7.232 não permitia a importação de computadores, então a gente produzia os equipamentos por aqui”, conta. 

Após abrir uma empresa focada em infraestrutura e desenvolvimento de software, Flavia se encantou com o mundo acadêmico. Durante o mestrado e o doutorado na UFRJ, começou uma pesquisa prática focada em aprendizagem colaborativa e gestão de processos de negócios, e foi migrando aos poucos para a sala de aula. E de onde vem essa paixão pela educação? 

Minha mãe sempre foi a minha inspiração. Lá nos anos 80 ela abriu uma escola para crianças e decidiu colocar em prática a aprendizagem baseada em projetos. O espaço era inclusivo e diverso, e eu cresci naquele ambiente super inovador”, revela. 

Flavia durante o Painel Mulheres Inspiradoras, juntamente com Maristela Calazans, do Nubank (à direita); e Maira Habimorad, presidente do Inteli.

Professora, pesquisadora, consultora e …mãe! 

Tudo aconteceu ao mesmo tempo na vida da Flavia. Mãe de dois filhos, ela sempre conciliou sua carreira com a maternidade. “Acredito que não há um momento certo porque sempre vai ter alguma coisa acontecendo na sua vida. Minha família aprendeu a conviver com o fato de eu ter uma carreira e trabalhar. E sempre valeu a pena”, conta. 

Enquanto os filhos cresciam, Flávia foi realizando sonhos, como o pós-doutorado na Universidade Pierre et Marie Curie Paris VI, na França, e na Queensland University of Technology, na Austrália. Continuou rodando o mundo organizando workshops e conferências até o dia em que dois amigos, Ig e Seiji, apresentaram o projeto Inteli – uma faculdade de tecnologia com uma metodologia de ensino totalmente baseada em projetos. Foi amor à primeira vista. 

Eu fiquei completamente encantada com a chance de poder colocar em prática tudo o que já fazia individualmente com os meus alunos, agora de forma institucional”, destaca Flávia. 

Com anos de pesquisa nas mãos, como o seu doutorado “Um Modelo de Cooperação para Aprendizagem Baseada em Projetos”, Flavia entrou para o time acadêmico responsável por desenhar do zero uma faculdade completamente disruptiva. A aprendizagem baseada em projetos (Project Based Learning – PBL, em inglês) do Inteli parte de um problema real em que os estudantes são desafiados a elaborar um protótipo de um produto ou uma solução, utilizando os conteúdos curriculares do curso. Nesse processo, trabalham sempre em grupos e aprendem de forma coletiva e colaborativa. 

Não inventamos a roda, até porque a aprendizagem baseada em projetos já existe há muito tempo. O que é super inovador é colocar a metodologia em prática em um alto nível de excelência com equipes preparadas e apaixonadas por educação e pelo seu trabalho”, comenta. 

Time acadêmico, administrativo e alunas Inteli. O compromisso é construir o futuro agora no presente.

Mulheres, o mundo da tecnologia também é de vocês! 

A falta de representação feminina em muitas áreas da tecnologia pode fazer com que as mulheres se sintam desencorajadas a entrar no campo. Além disso, existem preconceitos inconscientes e estereótipos que podem levar à discriminação de gênero no ambiente de trabalho.

Mas eu continuo aqui, dia após dia, lutando e dando o exemplo para outras mulheres. Precisamos ser proativas, dedicadas e nunca parar de estudar. É importante estar sempre engajada na comunidade de tecnologia para criar redes de suporte e solidariedade com outras mulheres na área. Podemos apoiar umas às outras, compartilhar nossas experiências e conhecimentos e colaborar em projetos.

Acredito que as mulheres devem se sentir confiantes e continuar a luta por uma maior representação e inclusão na área. Juntas, podemos quebrar barreiras e criar um ambiente mais inclusivo e diverso na tecnologia.” 

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